A Ler/Dort não é uma consequência natural do processo de trabalho, e sim uma anormalidade gerada por diversos fatores, destacando-se a política dos grandes grupos econômicos que fazem qualquer coisa para reduzir os custos do trabalho e para conseguir lucros cada vez maiores. Esse tipo de atitude é consequência da globalização, que faz com que a competição entre as empresas fique cada vez mais acirrada.
Na prática os trabalhadores percebem isso porque as empresas submetem os funcionários a condições inadequadas de trabalho, como jornadas excessivas, ausência de pausas durante a jornada, falta de equipamentos adequados ao tipo físico de quem o utiliza (cadeiras reguláveis na altura, por exemplo), exigência de rapidez e movimentos repetitivos por horas. Esses são apenas alguns exemplos. O resultado são trabalhadores doentes em função do serviço e que muitas vezes ficam com lesões irreversíveis. Por isso, a rotina de trabalho para os funcionários de alguns setores tornou-se sinônimo de tortura. Muitos deles com um ou dois anos de trabalho já apresentam sintomas da Ler/Dort.
O governo federal também contribui para que essa situação permaneça no país, na medida em que emprega a nefasta política neoliberal que vem acelerando o processo de flexibilização dos direitos dos trabalhadores e a precarização das condições de trabalho. O governo é responsável por esse resultado quando propõe leis que dificultam a caracterização da Ler/Dort como doença do trabalho para que fique mais complicado ter acesso aos benefícios previdenciários. E o governo é conivente com um problema que atinge milhares de trabalhadores brasileiros quando não exige dos órgãos de fiscalização que esta seja feita e que se tenha um número de fiscais correspondente ao tamanho do problema. Tudo isso é resultado de uma política que prioriza os interesses das empresas.
É preciso reverter esse processo urgentemente. E isso é possível com decisões simples como a adequação dos equipamentos , diminuição do ritmo de trabalho, rodízio de função, parada para o descanso em determinados períodos da jornada e a adoção de uma política governamental de prevenção de doenças profissionais e de punição severa aos que privilegiam o lucro em detrimento de condições decentes de trabalho. E essa cartilha é o começo de uma luta que é de todos.
Outubro Rosa: um toque de coragem pode salvar sua vida
Num mundo que exige tanto das trabalhadoras, parar para se olhar é ...
A todos os pais trabalhadores, um feliz dia!
Ser pai nos dias de hoje é mais do que amor. É resistência. Num mundo ...
SEC SJ convoca Assembleia Geral para negociação da Convenção Coletiva 2025/2026
Foi convocada pela Diretoria do Sindicato dos Empregados no Comércio de São ...
Artigo: O Rei do Ovo e os trabalhadores
Por Francisco Alano, presidente da FECESC No dia de ontem, 17 de junho ...
Viva as mães trabalhadoras!
Elas acordam cedo, enfrentam jornada dupla, às vezes tripla. No trabalho formal, ...
Neste Dia dos Trabalhadores, pedimos o fim da Escala 6X1
Neste 1° de Maio, o que nos mobiliza é clamar pelo fim ...
Assembleia Geral – SECSJ
ARTIGO: O novo mundo do trabalho e a organização dos trabalhadores
Por Francisco Alano, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado ...
Supermercados têm 357 mil vagas em aberto e vivem uma crise de emprego
O jornal Folha de São Paulo publicou, na edição desta segunda-feira (24 ...
Feliz Natal!
Neste Natal, renovemos nosso compromisso com a solidariedade, o trabalho digno e ...