As mulheres são as mais atingidas pela crise no mercado de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus. A participação da mulher no mercado de trabalho no país caiu ao menor em 30 anos. No segundo trimestre deste ano, segundo dados do IBGE, as mulheres representaram 46,3% da força de trabalho. O índice considera as mulheres que trabalham e procuram emprego. É o menor número desde 1990, quando o índice foi de 44,2%. De acordo com a instituto, a perda na participação evidencia que as mulheres são as mais atingidas pela crise econômica agravada pela covid-19.
Desde 1991, o índice não caía abaixo de 50%. O que para especialistas consultados pelo repórter Jô Miyagui, do Seu Jornal, da TVT, está além das circunstâncias causadas pela pandemia, por mostrar “a cara de um país que historicamente tem altas taxas de desemprego entre as mulheres. Dados do IBGE de 2019, recortados por gênero e raça, já indicavam que as mulheres, sobretudo as negras, formavam 13,9% do índice de desemprego, acima da média nacional de 11,8%.
E com a redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300 e a previsão de encerramento do benefício, programado para até dezembro, o desemprego deve aumentar ainda mais porque as pessoas sairão à procura de trabalho. “A taxa de desemprego no Brasil ela começa a pressionar o mercado agora em setembro”, observa a economista Marilane Teixeira. “As pessoas que estavam sem trabalho, que perderam a ocupação durante a pandemia, vão às ruas buscar trabalho. E aí a taxa de desemprego começa a refletir nessa condição nova”.
Esse é o caso da advogada Michele Morais que perdeu o emprego no escritório em que atuava. Há seis meses desempregada, ela procura uma recolocação, mas tem dificuldades de encontrá-la também porque o filho, de três anos, está fora da escola.
“Hoje o meu período é full-time para ele, porque eu não tenho com quem deixá-lo. Eu até estou no mercado de trabalho, procurando alguma coisa para fazer, mas ainda está difícil. A semana passada fui numa entrevista de emprego e a primeira pergunta que me fizeram foi ‘você tem com quem deixar seu filho?’. Como eu estou precisando muito, eu falei que nessa situação, se for para trabalhar presencial, eu deixaria com a minha mãe, porque as escolas estão fechadas. E é claro que eu não tive retorno ainda”, lamenta Michele.
Fonte: Rede Brasil Atual | Escrito por: Redação RBA | Foto: Arquivo EBC
<< Anterior: Neste 30 de Outubro, nossos parabéns aos comerciário e às comerciárias
8 DE MARÇO – DIA INTERNACIONAL DA MULHER
“Nunca se esqueça que basta uma crise política, econômica ou religiosa para ...
Em troca do auxílio, governo quer cortar verba do SUS, da educação e outras maldades
Para aprovar um auxílio por alguns meses com valor menor e para ...
Privatização de estatal no governo Temer prejudica distribuição de vacinas
Servidores reclamam de problemas com a empresa do grupo Voetur, que comprou ...
Dados do Cofen: Brasil é líder em morte de profissionais de enfermagem por covid-19
Em 11 meses de pandemia, Brasil tem um terço de todas as ...
FECESC e Sindicatos Filiados apoiam a greve dos servidores/as da COMCAP
A Federação dos Comerciários de Santa Catarina e os Sindicatos do setor ...
Cinco dicas para não cair em golpes relacionados à vacinação contra covid-19
A revista Brasil de Fato publicou matéria sobre golpes registrados no Brasil ...
SEC-SJ entra em recesso dia 21/12/2020 e retorna às atividades normais a partir de 04/01/2021
QUE 2021 SEJA UM ANO DE SUPERAÇÃO DOS DESAFIOS E DE CONSTRUÇÃO ...
Garantidos pela CLT – Confira 12 direitos trabalhistas que toda gestante deve saber
Direitos de mulheres grávidas são garantidos pela CLT e são resultado da ...
Na pandemia, desemprego afeta mais os trabalhadores acima de 50 anos, mostra Caged
Trabalhadores acima de 50 anos estão com mais dificuldade de conseguir um ...
Operação pente-fino do INSS ameaça benefícios de cerca 1,7 milhão de aposentados
Em plena pandemia do novo coronavírus, Instituto solicitou documentos de mais de ...